Imagine um mundo onde Saros nunca existisse. Isso quase aconteceu. Segundo Ilari Kuittinen, CEO da Housemarque, sem o apoio da Sony, o novo game AAA do estúdio seria impossível de produzir. Mas como essa parceria transformou o futuro da desenvolvedora e abriu caminho para um projeto ambicioso? Vamos explorar essa história!
A compra da Housemarque pela Sony e seu impacto
Em julho de 2021, três meses após o lançamento de Returnal, a Housemarque foi adquirida pela Sony. Essa decisão mudou radicalmente a trajetória do estúdio, permitindo um salto em termos de investimento e ambição.
Em entrevista ao jornal finlandês Helsingin Sanomat, Kuittinen afirmou que o orçamento de Saros está na casa das dezenas de milhões de euros, podendo ser comparado ao de Alan Wake 2, da Remedy, cujo custo de desenvolvimento e marketing chegou a aproximadamente €70 milhões. Para um estúdio independente, um investimento dessa magnitude seria um risco inaceitável.
“Você não poderia fazer tais investimentos como um estúdio independente”, ressaltou Kuittinen. Antes da aquisição, a Housemarque sobrevivia trabalhando em diversos projetos menores para garantir sua existência.
Do passado incerto ao sucesso AAA
Durante anos, a Housemarque assumiu projetos variados, incluindo:
Flo-Boarding (Nokia N-Gage);
Gizmondo Motocross 2005 (Gizmondo);
Títulos independentes como Super Stardust HD (PS3) e Resogun (PS4).
O momento mais crítico foi quando cada viagem de vendas e conferências poderia ser a última. “Nos tempos difíceis, negociávamos novos projetos constantemente para ver uma luz no fim do túnel”, relembra Kuittinen.
Mas tudo mudou com a Sony. Com o lançamento de Returnal, o estúdio provou que podia entregar um AAA de sucesso. A aquisição permitiu que a empresa não apenas crescesse, mas também garantisse estabilidade para projetos futuros.
A decisão de vender para a Sony
Kuittinen explica que a escolha de integrar a PlayStation Studios foi estratégica. “Tínhamos a sensação de que era melhor entrar para uma grande família do que permanecer independentes”, declarou.
Embora o valor da aquisição não tenha sido revelado, registros fiscais mostram que Kuittinen e o cofundador Harri Tikkanen receberam cada um €9,8 milhões em 2022.
Kuittinen também revelou por que não vendeu a empresa antes: “Nosso momento ainda não havia chegado. Tentamos ser realistas, mesmo quando almejamos a lua.”
O que sabemos sobre Saros?
Anunciado recentemente, Saros promete uma nova experiência de sci-fi e ação. O jogo não tem ligação narrativa com Returnal, mas herda sua atmosfera intensa.
A história gira em torno de Arjun Devraj, um poderoso Soltari Enforcer, que busca respostas em uma colônia perdida em Carcosa, sob um misterioso eclipse. O diretor Gregory Louden descreve:
“Nosso objetivo é criar um estudo de personagem emocional e poderoso, explorando o preço de criar um novo futuro.”
O protagonista será interpretado por Rahul Kohli (Midnight Mass, A Queda da Casa de Usher), cuja performance promete trazer profundidade ao personagem.
“Rahul está realmente dando vida a Arjun. Ele tem sido um colaborador brilhante e um grande apoiador do jogo”, conclui Louden.
A parceria entre a Housemarque e a Sony não só garantiu o sucesso do estúdio, como abriu as portas para projetos incríveis como Saros. Com um investimento robusto e um enredo promissor, o jogo tem tudo para ser mais um marco na história da desenvolvedora. Resta agora aguardar novas revelações e ansiar pelo lançamento dessa nova aventura sci-fi!